O Programa de Fortalecimento das Cooperativas da Agricultura Familiar do Piauí, iniciativa da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) para fortalecer cooperativas e incentivar a comercialização de produtos da agricultura familiar, completa 6 meses de vida, um quarto do tempo previsto para execução do projeto. Hoje, 5 de julho, dia do cooperativismo, uma data para reconhecer e celebrar a importância das cooperativas, destaca a importância e trajetória do programa.

A coordenadora do programa, Jeosafira Chagas, explica que o programa foi iniciado em janeiro e visa fortalecer 10 cooperativas através da qualificação em gestão, finanças e organização. “A seleção das cooperativas foi baseada em um cadastro da SAF de 2023, considerando critérios como atividade produtiva, relevância, área de atuação, número de cooperados e questões de gênero e idade”, relata.

Ela conta que, após mapear cooperativas, o projeto iniciou com uma fase de mobilização em campo, onde o programa foi apresentado e as cooperativas foram conhecidas e sensibilizadas. A fase de mobilização foi concluída em março, e em abril, começou a fase de diagnóstico, dividida em duas oficinas: uma para coleta de dados primários e outra para validação das informações. A partir disto, será feito o detalhamento e processo de diagnóstico e planejamento para fortalecer essas cooperativas.

Ela diz que o foco é aprimorar a estrutura, não apenas a capacitação, mas também a infraestrutura e equipamentos. “Um dos maiores desafios identificados é a falta de comunicação e engajamento entre a diretoria e os cooperados, levando à baixa entrega da produção à cooperativa”, conta. Ela diz ainda que a solução visa qualificar a gestão e fortalecer a relação com os cooperados. “O processo é complexo, pois envolve relações de poder, governança, mercado e acesso a recursos, especialmente para agricultores familiares”.

Apesar dos desafios encontrados, a coordenadora diz estar satisfeita com o progresso do projeto em apoio às cooperativas, considerando o curto período de tempo e as dificuldades específicas da agricultura familiar, como acesso a investimentos e gestão. “O rápido diagnóstico de oito cooperativas e da central, a dedicação da equipe e a importância de fornecer dados robustos para as cooperativas, uma carência comum”, cita.