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Cultura: Lançamento do curta-metragem “Ademir Braz – O Pagão”, no Museu Municipal, celebra o legado do poeta e jornalista

Na noite da último dia 28 de novembro de 2024, o Museu Municipal de Marabá foi palco do lançamento do curta-metragem “Ademir Braz – O Pagão”. Produ...

Redação
Por: Redação Fonte: Prefeitura de Marabá - PA
02/12/2024 às 11h30
Cultura: Lançamento do curta-metragem “Ademir Braz – O Pagão”, no Museu Municipal, celebra o legado do poeta e jornalista
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA

Na noite da último dia 28 de novembro de 2024, o Museu Municipal de Marabá foi palco do lançamento do curta-metragem “Ademir Braz – O Pagão”. Produzido pela Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), o filme presta uma homenagem à vida e obra de José Ademir Braz da Silva, conhecido como Pagão.

Reunindo autoridades, representantes da cultura, familiares e jornalistas, a ocasião foi marcada por emoção e reconhecimento ao legado do poeta, jornalista, advogado e militante dos direitos humanos, que tanto contribuiu para a cultura e a literatura da cidade.

O documentário foi idealizado para preservar e compartilhar a história de Pagão e sua produção teve início em 2021, durante a pandemia. Para Vanda Américo, uma das idealizadoras, o filme é um tributo a um homem de múltiplas facetas. “Ademir Braz transitou por gerações, deixando marcas indeléveis. Este curta não só celebra sua irreverência, mas eterniza sua contribuição à cultura de Marabá”, afirmou.

Vanda Américo
Vanda Américo

A produção foi realizada sob direção do jornalista Ulisses Pompeu. O filme costura reconstituições poéticas e uma grande entrevista realizada com o autor no mesmo local onde o lançamento do documentário ocorre, pintando um retrato íntimo e inspirador de Ademir Braz.

Ana de Luanda, filha do homenageado, emocionou-se ao compartilhar suas impressões sobre o processo de produção. “Foi maravilhoso participar. Conheci um pai que existiu antes de mim, seus desafios, sua paixão pelo conhecimento. Embora ele não esteja fisicamente presente, sinto-o em cada canto deste espaço, em cada pessoa que celebra sua história”, disse.

Ana de Luana, filha de Ademir Braz
Ana de Luana, filha de Ademir Braz
Giordano Bruno, filho de Ademir Braz
Giordano Bruno, filho de Ademir Braz

Giordano Bruno, o filho mais velho, ressaltou a relevância da homenagem. “É uma emoção grande. Às vezes, sinto falta de mais reconhecimento para o meu pai, dada sua importância na cultura de Marabá. Este evento é um marco para nossa família e para a cidade.”

Patrimônio Cultural Imortalizado

Wânia Gomes, presidente da FCCM, pontuou a relevância histórica do projeto. “Ademir Braz é um patrimônio cultural de nossa cidade e região. Este filme será uma fonte de inspiração para pesquisadores e estudantes, preservando sua memória para as futuras gerações”.

Wânia Gomes, presidente da FCCM
Wânia Gomes, presidente da FCCM
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA

Wânia também revelou a relação afetiva que tinha com o poeta. “Fomos amigos próximos. Nossas filhas nasceram com um mês de diferença. Fazer parte desta homenagem é algo pessoalmente muito significativo para mim”.

O lançamento integrou as comemorações dos 40 anos da Fundação Casa da Cultura de Marabá, um marco que torna o evento ainda mais simbólico. Entre os presentes, destacaram-se educadores, poetas locais e músicos.

Mais do que um filme, “Ademir Braz – O Pagão” é um testemunho da importância de valorizar os grandes nomes que moldaram a cultura de uma cidade. “Ademir não apenas escreveu sobre Marabá, ele viveu e traduziu sua essência em versos. Sua obra é um convite à reflexão e à valorização de nossas raízes”, concluiu Vanda Américo.

Uma vida dedicada à cultura e aos direitos humanos

Nascido em Marabá em 7 de setembro de 1947, Ademir Braz destacou-se em múltiplas áreas. Como escritor, explorou poesia, conto e crônica, iniciando sua trajetória literária nos anos 1960 e 1970, com poemas publicados em jornais locais. Seu reconhecimento nacional veio com a trilogia poética Esta Terra (1980/1981), que rapidamente se esgotou. Ademir também dedicou anos à pesquisa que resultou na Antologia Tocantina (1998), consolidando-se como um guardião da memória literária de sua região.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA

Entre outras obras marcantes estão Rebanho de Pedras (2003) e A Bela dos Moinhos Azuis (2015). Seus feitos o tornaram membro da Academia de Letras do Sul e Sudeste Paraense.

Com o curta-metragem, o poeta que cantou Marabá em prosa e poesia permanece vivo, inspirando gerações a se conectarem com a história, a cultura e o espírito de uma cidade que foi sua musa e sua casa.

Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Arthur Constantino (Sob supervisão de Sávio Calvo)

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